Uma Nação é
constituída por indivíduos que partilham território, língua,
comportamento e traços étnicos. O Brasil nasceu e cresceu recebendo
influencias e heranças culturais de diversas raças. Partindo de sua
gênese com elementos africanos, portugueses e nativos, sua cultura
cresceu absorvendo, e a exemplo dos movimentos culturais da década
de 1920, reinterpretando a influencia externa. A Arte
Sequencial brasileira insere-se nesse contexto a partir de suas
origens, afinal a primeira História em Quadrinhos brasileira, o Nhô
Quim publicado em 1869 foi produzida pelo italiano naturalizado
brasileiro Angelo Agostini.
Vieram depois outras
influencias européias, norte-americanas e japonesas que ao serem
recebidas acabaram por integrar o DNA do quadrinho brasileiro, um
quadrinho miscigenado, democrático e corajoso. Se no âmbito da
produção, do apoio governamental via editais e incentivos e
empreendimentos independentes existe esse caráter de riqueza e
ecletismo, no âmbito das Editoras o cenário empobrece diante do
caráter mercantilista voltado para títulos estrangeiros que recebem
mais atenção, publicidade, veiculação e distribuição.
A mudança deste
cenário mercadológico tem ocorrido graças à iniciativa de
artistas independentes, grupos, associações, projetos e leis de
incentivo e uma nova visão que está ganhando força: a de que o
Quadrinho produzido no Brasil não precisa seguir as fórmulas exatas
dos mercado americano, europeu ou japonês, mas pode influenciar-se
de todas as boas soluções sem perder sua própria energia e força.
JJ Marreiro para o
Fórum de Quadrinhos do Ceará
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